"Para Mim, Sou Um Anjo", Ou Como Justificamos Nossa Traição

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"Para Mim, Sou Um Anjo", Ou Como Justificamos Nossa Traição
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Anonim
como justificamos nossa traição
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O que poderia ser mais fácil do que definir sexo? No entanto, esse termo, como muitos outros, é mais complicado do que comumente se acredita. Pessoas diferentes têm ideias diferentes sobre sexo, como céu e terra. Algumas pessoas acreditam que o sexo é apenas um ato que termina com um orgasmo. Outros estão convencidos de que o toque inocente também pode ser atribuído ao sexo, o que não leva à intimidade física de forma alguma. Cada um de nós tem seus próprios padrões a esse respeito; e isso geralmente leva a um mal-entendido fundamental entre as pessoas.

O conteúdo do artigo

  • 1 pesquisa curiosa sobre este tópico
  • 2 A psicologia da autojustificação
  • 3 Aspecto psicológico e jurídico das descobertas

Pesquisa curiosa neste tópico i

Os cientistas G. Gute, E. Eshbauch e J. Wirsma, dos EUA, decidiram descobrir a que comportamento as pessoas se referem como “sexo”. Em seu estudo de 2008, 839 alunos (96% dos entrevistados eram heterossexuais) foram questionados se eles consideravam o contato oral como "sexo completo". Apenas 36% das meninas e 39% dos homens disseram que incluem o boquete ou cunilíngua nesta categoria.

Mas os cientistas não eram tão simples: eles então perguntaram aos participantes se deveriam considerar sexo oral ou cunilíngua se seu parceiro o fizesse com outra pessoa. Naturalmente, o número de respostas positivas aumentou dramaticamente: agora 62% das mulheres e 63% dos homens começaram a considerar o contato oral como "sexo real".

Dados esses resultados, não é surpreendente que as pessoas tenham entendimentos diferentes de "sexo" como tal. Outro estudo de 2016 confirmou esta conclusão: é mais provável que uma pessoa chame o sexo oral de trapaça se seu parceiro fizer isso do que se ele mesmo fizer o mesmo.

A psicologia da autojustificação 2

Tem-se a impressão de que as pessoas tendem a perdoar mais seus entes queridos. Em psicologia, sabe-se que uma pessoa em qualquer situação dual está mais inclinada a justificar seu próprio comportamento; enquanto as pessoas ao seu redor não recebem tal prerrogativa. Isso se deve à formação de uma autoimagem positiva. Se o comportamento de uma pessoa for classificado como negativo, essa imagem desmorona.

Surge dissonância cognitiva - um estado que é bastante incômodo para a psique, caracterizado por uma colisão de dois pontos de vista opostos. Por exemplo, uma pessoa se considera "decente"; e, ao mesmo tempo, tendo sexo oral ocasional, ele se torna "imoral". A autojustificação e a condescendência com as fraquezas pessoais o ajudam a preencher a lacuna em sua autoimagem.

Como justificamos a trapaça
Como justificamos a trapaça

As desculpas mais comuns na esfera sexual soam mais ou menos assim: "Eu estava bêbado e, portanto, minha traição não significou nada"; "Eu só dormi com ele uma vez, não conta."

Mas assim que outra pessoa demonstra esse comportamento, a raiva justa se acende em nós. Não estamos tentando justificar ou racionalizar o comportamento de um vizinho. Em vez disso, condenamos imediatamente a pessoa; afinal, sem dúvida, o comportamento imoral foi provocado não por circunstâncias externas, mas por seus traços negativos de caráter.

Aspecto psicológico e jurídico das descobertas 3

Os resultados desses estudos são importantes não apenas na estrutura da psicologia prática e da sexologia. O fato de as pessoas tenderem a avaliar seu próprio comportamento sexual de maneira diferente do comportamento de outras pessoas está repleto de consequências negativas no mundo do crime. Ou seja, as pessoas que cometem assédio sexual podem não considerar seu comportamento como um crime. E esse fenômeno tem o potencial de tornar a tarefa de reduzir o abuso sexual muito mais difícil.

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